terça-feira, 20 de novembro de 2012

Paris a Pé - 3º dia

Enfim, o último dia em Paris!
Deixamos o Museu do Louvre para o último dia, sabendo que seria o passeio que mais tomaria nosso tempo. Como nosso trem saía a noite, fomos de manhã para o Louvre de mochila para já deixar o hotel. Grata surpresa de saber que o museu tem um maleiro free!

O museu é gigante, realmente não dá para conhecê-lo em um dia, talvez nem em alguns dias. Gosto do blog da Lina, do Conexão Paris e ela disse que frequenta regularmente o museu há 30 anos e ainda não o conhece totalmente. No próprio site ela dá dica de como programar uma primeira visita ao Louvre, vendo as principais obras como Monalisa, Vênus de Milo, Eros e Psiqué e as principais alas (antiguidades, romano, grego, egípcio, pinturas e por aí vai). Eu anotei tudo no meu caderninho e lá fomos nós andar pelos intermináveis corredores.

Muitos criticam o contraste arquitetônico entre a construção antiga e a pirâmide moderna de vidro que serve como entrada do Louvre, eu particularmente, acho que ela agregou ainda mais ao museu, fazendo que atraísse ainda mais turistas.

A estrutura principal, que abriga todas as obras, foi construída no ano de 1.190 para ser uma fortaleza contra os vikings. A partir daí, a construção medieval passou por constantes mudanças no decorrer do tempo, servindo de palácio para os imperadores seguintes, sede do governo monárquico nos tempos de Luis XIII e XIV, Academia de Belas Artes e por fim Museu desde 1793, que anteriormente era chamado de Museu Napoleão. Na época, o acervo era de pinturas confiscadas à família real e aos aristocratas que haviam da Revolução Francesa. Hoje, abriga mais 380 mil itens, sendo 35 mil em exposição permanente.

A pirâmide principal, foi construída em 1988 como projeto de renovação do museu. A Pirâmide Invertida, abaixo, foi inaugurada em 1993. Estava bem curiosa devido ao livro Código da Vinci, que a cita como parte do segredo.




De mala e cuia!



Vênus de Milo



Os aposentos de Napoleão Bonaparte, reprodução dos luxuosos cômodos de seu palácio.
Fiquei impressionada com a suntuosidade dos móveis, pinturas, pratarias, cristais, porcelanas etc.

Agora, a MONA!

Enfrentamos uma multidão para vê-la de pertinho, mas ainda assim, nem tão perto.
O Fernandinho virou um expert em Monalisa, ou melhor, La Gioconda, pois ele não aceitava que em meio a tantas obras tão maiores (sim, porque ela é minúscula) e até mais bonitas, ela destacou-se na história nessa proporção gigantesca.

Leonardo Da Vinci utilizou a técnica de sfumato, pela primeira vez, e o sombreado dá o ar enigmático do seu sorriso. Dizem que o quadro é cheio de mistérios, não se sabe se ela está séria ou sorrindo, ela tem as iniciais LV nos seus olhos, o lado esquerdo do seu corpo maior que o direito, a linha do horizonte de um lado é diferente de outro, a modelo, de identidade não sabida, poderia ser a esposa de um comerciante local ou a Duquesa de Milão. Ela também poderia estar grávida devido à típica rede usada na época na cabeça. O quadro é de 1503 e levou anos para ser finalizada. Há uma réplica da mesma época do quadro, que era de um aprendiz de Da Vinci, que a pintou exatamente igual à original.

Mas o que mais me atrai não é todo seu mistério, mas sua história. O quadro foi comprado pelo Rei da época e abrigada no Palácio de Versailles. Após a Revolução Francesa, o quadro foi exposto no Louvre. Napoleão Bonaparte se apaixonou pelo quadro e mandou colocá-la em seu próprio quarto, e após guerras com a Prússia, ela foi escondida em um lugar secreto e posteriormente recolocada no Louvre. Após 400 anos de sua pintura,  ela foi roubada por um funcionário do museu como forma de protesto. Vicenzo Peruggia era italiano e não se conformava da obra estar em posse da França.
A Monalisa foi alvo de vários ataques, em 1956, um homem jogou ácido na pintura, danificando a parte inferior, a restauração levou anos. No mesmo ano, um boliviano jogou uma pedra contra ela, danificando sua sobrancelha  Em 2009 uma russa jogou uma xícara de café como forma de protesto por não conseguir sua cidadania francesa. Dessa vez não aconteceu nada pois ela já estava protegida com um vidro a prova de bala (já era hora!). Já teve o título de objeto mais valioso do mundo, avaliado na década de 60 em 100 milhões de dólares. Hoje ela tem valor inestimável.




Essa foto é impagável, depois de atravessar o mar de gente, com as pessoas se espremendo ávidas por um click e muitos excusez-moi depois,  tirei minha foto da Monalisa e me posicionei no lugar dela, só para ter a visão que ela tem todos os dias.



Uma pausa para o café, ou melhor, um vinho para fechar a viagem em grande estilo né. Destaque para a Notre Dame ao fundo.


Hora de partir...





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